domingo, 3 de maio de 2009



Livre-se das espinhas

Ao contrário do que se pensa, acne não é só problema de adolescente; mulheres adultas também sofrem com ela. Ainda bem que não param de surgir novas alternativas de tratamento.

O problema

Uma espinha enorme, bem no dia D. Dia daquela festa, do casamento, da entrevista de emprego. Não há mais dúvida de que acne não é só coisa de adolescente. Mulheres e homens adultos também têm. Um estudo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology descobriu que, dos 20 aos 29 anos, 50,9% das mulheres sofrem com cravos e espinhas. Ela pode ser do tipo persistente, que resiste desde a adolescência, ou então do tipo surpresa, que surge do nada. Desvantagem extra - em adultos o tratamento costuma ser mais difícil.

Os porquês da acne

Em qualquer idade, cravos e espinhas, em seus mais variados graus, são resultado de uma receita certa: um espessamento da camada mais superficial da pele, que entope os poros; glândulas sebáceas que produzem óleo em excesso; e bactérias que encontram nos poros entupidos e cheios de sebo o ambiente ideal para proliferar-se. É como um vulcão prestes a explodir.

Pode ser predisposição genética. Um estudo mostrou que pelo menos a metade dos que sofrem com acne têm um parente de primeiro grau que também teve a doença.

Junte a isso as flutuações hormonais, comuns nas mulheres. Não é à toa que geralmente as espinhas aparecem uma vez por mês, quase sempre entre a ovulação e a menstruação.

E então vem o estresse, um dos principais agravantes da acne. Quando estamos muito cansadas, ansiosas, sem dormir, bebemos ou fumamos demais há a liberação de hormônios específicos - e dá-lhe espinhas. O pior é que o rosto cheio delas causa mais estresse e acaba agravando o quadro.

Ainda há outras causas envolvidas, que vão desde o uso de cosméticos até doenças como a síndrome do ovário policístico. E é porque há tantos fatores que a acne torna-se difícil de tratar.

Menos açúcar, mais saúde

Um novo estudo, publicado em julho do ano passado no American Journal of Clinical Nutrition, sugeriu que pacientes que seguiram uma dieta com carboidratos de baixo índice glicêmico (pães e massas integrais, frutas, verduras e legumes) tiveram uma redução da acne, em comparação com pacientes que consumiam uma dieta rica em açúcares simples (doces, pães e massas brancos). "Ainda é cedo para conclusões. Mas quando um paciente percebe que comeu alguma coisa e surgiram espinhas, recomendo que retire o tal alimento do cardápio", diz Adriana Leite, dermatologista de São Paulo.

Como surge uma espinha

1. Há um aumento da produção de sebo

2. Os queratinócitos, células da superfície, se acumulam e entopem o poro

3. O poro entupido atrai bactérias, que provocam inflamação

Roacutan ainda é o melhor

A isotretinoína, conhecida pelo nome comercial Roacutan, ainda é, na opinião dos especialistas, o melhor remédio para a acne. As cápsulas diminuem o tamanho das glândulas sebáceas, atacam as bactérias e não deixam que as células da superfície da pele fechem os poros. Logo no primeiro mês, pode haver uma piora danada. Mas em até seis meses, a pele fica lisinha - são raríssimos os casos em que isso não acontece. O preço, no entanto, é alto. Não só pela grana, mas pelos efeitos colaterais. A pele e os lábios ressecam e descamam, os olhos também ficam secos. E há riscos sérios envolvidos, como a chance de má-formação fetal. Por isso, as pacientes precisam assinar um termo dizendo-se cientes de que não devem engravidar durante o tratamento. Os médicos estudam formas de diminuir tais efeitos. Como, por exemplo, receitar doses mais baixas por um período mais prolongado.

Fonte: www.mdemulher.com.br

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