sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sexta-Feira 13





Lobisomens: A Genética e a Origem do Mito

Acredita-se que o mito do lobisomem tenha surgido na Europa devido aos casos de hipertricose, uma disfunção genética em que as faces e outras partes do indivíduo cobrem-se de pêlos espessos, conferindo-lhe uma aparência de lobisomem.


É noite de plenilúnio. A Lua atinge o ápice de seu majestoso passeio na abóbada celeste. Então, uma força sinistra, que escorre com o luar, aguça os sentidos de um homem. O seu olfato torna-se apurado; a sua audição, requintada. Segue-se, então, a dolorida transformação. O homem, aos poucos, transforma-se em um lobo faminto e feroz. Esvaziado de razão e de humanidade, ele corre sob o luar, sedento de carne e sangue humanos. Ele é todo instinto. Ele é um lobisomem.

Assim é a lenda. Mas, subjacente à lenda, fincada em suas seculares raízes, pode estar um raro distúrbio orgânico, ao qual os cientistas chamam hipertricose. Acredita-se que o mito do lobisomem tenha surgido na Europa devido aos casos dessa singular alteração genética, conforme pontua Nelson Botter Júnior, autor do livro “A lenda do lobisomem Caolho” (www.lobisomemcaolho.hpg.ig.com.br).

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (www.sbcd.org.br), a hipertricose é um crescimento desproporcional de pêlos em qualquer parte do corpo. “A doença pode ser congênita ou adquirida, difusa ou localizada. A distribuição e o número de pêlos variam conforme a raça (pretos e amarelos têm menor pilosidade que brancos), cor, influência genética e constitucional.”

Matéria de: Paulo Soriano.

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